quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

AGRICULTURA EMPRESARIAL, O FUTURO DE MACHADINHO.




Lavoura de arroz na hora da colheita.
 
Machadinho do Oeste, um jovem e pujante município implantado no coração da Amazonia, que há pouco mais de 20 anos, nada mais era que um ponto no centro da selva, implantado através do programa polonoroeste, financiado com dinheiro do banco mundial. Foi aqui implantado o maior projeto de assentamento do país. O tempo passou, depois de muitos erros e acertos, chegamos a um momento crucial de nossa economia. O ciclo madeireiro, que simplesmente explorou os recursos naturais abundantes na selva que mais ao estilo do coletor primitivo, buscou a madeira a semi-processou mandando embora para outros Estados e Países e para o local pouco ou nada sobrou a não ser um punhado de estruturas abandonadas ou em processo acelerado de sucateamento pela diminuição constante da matéria prima antes abundante, pela fiscalização mais acirrada por parte dos orgãos ambientais  e pela mudança na mentalidade dos próprios empresários.
Passados 20 anos, da supressão da selva pela ação da pela motossera e do fogo impiedoso, o solo ácido e pobre inicialmente se alimentou das cinzas que neutralizou o alumínio abundante, e permitiu que os capins do gênero brizanta (braquiárias) pudessem prover o sustento do gado. Este processo começa a dar sinais de esgotamento pelo enfraquecimento da terra que não pode mais contar com o paliativo das queimadas, pela superlotação dos pastos, pelo surgimento de pragas antes inexistentes, como a cigarrinha das pastagens, originária dos canaviais de São Paulo, migrou junto com as sementes, e aqui se adaptou para atacar as pastagens e outras culturas. O pequeno agricultor, aquele da chamada agricultura familiar, se encontra em uma encruzilhada, pois a renovação das pastagens ou preparo do solo pra a agricultura, mesmo a de subsistência envolve vultosos recursos financeiros e tecnológicos que este proprietário não tem ao seu alcance. E qual a solução para o problema? A solução começa a se delinear no horizonte, mas que infelizmente pouco ou nada irá contribuir para a manutenção do homem no campo, muito pelo contrário, com a chegada dos visionários e pioneiros que contrariando todas as perspectivas, se arriscam a  investirem grandes somas para destocar, calcariar e preparar o solo para implantar a agricultura empresarial. Hoje aqui próximo da cidade, no entorno do aeroporto temos três exemplos que demonstram à  transformação que está se engendrando no campo. A primeira propriedade aproveitou o potencial hídrico e geográfico investiu na engorda de peixes, colhendo ótimos resultados com retornos garantidos no curto prazo, e preservando a ecologia. Na segunda propriedade cujo antigo proprietário conhecido com, tendo esgotado o sistema produtivo na base da pecuária, repassou o sítio para quem tinha recursos financeiros e técnicos para investir e o resultado começou a ser colhido ontem. Pelas fotos dá para ver a transformação daquilo que nada produzia em uma área que esta produzindo alimentos  em fartura. O arroz que esta sendo colhido nada fica a dever as melhores propriedades do sul do Brasil, com produtividade superior a 4.500 kilos por hectare de terra. Amanha nesta mesma área estará sendo plantado o ouro branco, o  soja, que é grande geradora de divisas e ajuda a manter o Brasil imune aos efeitos colaterais da crise européia. Na terceira propriedade logo à frente, onde antes eram pastagens totalmente degradadas, hoje tremula ao vento uma grande plantação de milho, que alimentará as os frangos de Espigão do Oeste, e amanhã retornara aos mercados da cidade como a proteína animal barato que colocou o Brasil na vanguarda mundial na produção e exportação de carne de frango. Estes exemplos estão se multiplicando pelos quatro cantos do município, como a propriedade do senhor Tarcisio, Saurim, Henrique Valle, Aparício no quinto BEC e outros. Provavelmente haverá gritos e ranger de dentes de "militantes" de ONGS pagos com os nossos impostos para a todo custo atrapalhar o crescimento da agricultura brasileira e rondoniense. O poder público tem que entrar com a sua parte, contratando para os quadros de servidores, agrônomos, veterinários, engenheiros de pesca  e fortalecer cada vez mais a secretária da agricultura com servidores que entendam e tenham compromisso e comprometimento com o homem do campo, seja ele  o mini, o pequeno o médio e o grande produtor, porque o seu conjunto fortalece o elo produtivo e por consequência a melhora toda a sociedade, especialmente os que vivem na cidade e dependem do dinheiro do campo para fomentar o comércio. Esperamos que este movimento que chegou tímido cresça em ri timo exponencial,  capaz de em menos de uma década mudar a nossa trajetória e nossa história. Sucesso aos produtores, e que sejam capazes de dividir com outros o conhecimento adquirido fortalecendo a cadeia produtiva que no final beneficiará a todos.








Lavoura de milho esperando a colheita, produzido em terras antes improdutivas.

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