terça-feira, 1 de maio de 2012

NO PRÓXIMO PLEITO VAMOS DAR 10 ANOS PARA ELE FICAR EM CASA.



Tucura quer prazo de 10 anos para punirem acusados de receber propina
O posicionamento de Tucura foi fundamental para que o advogado de Ana da Oito, Gustavo Marzola, conseguisse mais prazo para apresentar a defesa dela.

Da reportagem do Tudorondonia

Porto Velho, Rondônia - O deputado Valdivino Tucura (PRP-Cacoal) está se notabilizando pela defesa aos colegas acusados de receber propina do deputado Valter Araújo (PTB-Porto Velho) para votar projetos de acordo com os interesses do parlamentar.

Em entrevista concedida ao programa Fala Rondônia, na Rede TV!, Tucura disse que o caso dos deputados indiciados na Operação Termópilas é semelhante ao do mensalão em Brasília e deve demorar 10 anos para ser julgado.

A postura de Valdivino Tucura já tinha sido vista nas reuniões da Comissão Parlamentar Processante (CPP), da qual ele é membro. O deputado geralmente se posiciona para convencer os demais componentes a conceder prazos de defesa para os acusados de receber propina. Ele não se cansa de lembrar os direitos dos deputados que teriam recebido pacotes de dinheiro em troca do voto em determinados projetos.

Tucura integrava a tropa de choque de Valter Araújo e agora aparentemente procura defender os colegas que teriam tido contato com a tropa do cheque. Dizer que o caso dos supostos propineiros não será resolvido em menos de 10 anos seria uma resposta aos segmentos organizados da sociedade, como a OAB, que pedem celeridade no julgamento político dos parlamentares e a cassação dos mandatos.

São investigados pela CPP, além do próprio Valter Araújo, os deputados Ana da Oito (PT do B) Nova Mamoré), Epifânia Barbosa (PT-Porto Velho), Saulo Moreira (PDT-Ariquemes), Zequinha Araújo (PMDB-Porto Velho), Jean Oliveira (PSDB-Porto Velho), Flávio Lemos ( PR-Porto Velho) e Euclides Maciel (PSDB-Ji-Paraná).

Eles são acusados de dar suporte à quadrilha que desviou milhões de reais dos cofres públicos, cobrando propina para facilitar o pagamento a prestadores de serviços e também para aditivar contratos. O posicionamento de Tucura foi fundamental para que o advogado de Ana da Oito, Gustavo Marzola, conseguisse mais prazo para apresentar a defesa dela.

Ana da Oito confessou que cobrou por meio de mensagem telefônica o “compromisso” de Valter Araújo, e em seguida o deputado afastado do cargo pela Justiça, em duas ocasiões determinou que fosse depositado R$ 20 mil na conta do marido da parlamentar. Ela não apresentou a defesa no prazo determinado pela CPP, que nomeou para a deputada um defensor, o advogado Gustavo Marzola, que é filho de Adair Marzola, um funcionário graduado da Assembléia Legislativa.

O prazo concedido para Gustavo Marzola apresentar a defesa como defensor nomeado pela CPP já estava correndo, mas ele não aceitou a incumbência. Preferiu defender Ana da Oito como advogado particular dela e pediu novo prazo de 10 dias úteis para apresentar a defesa. Ele foi atendido, após a proposta ser colocada em votação. Tucura votou a favor de mais prazo para a defesa.

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