sábado, 9 de junho de 2012

PRECATÓRIOS OU PREVARICAÇÃO?

PAINEL POLÍTICO – Advogados querem afastamento de Hélio Vieira da OAB – Por – Alan Alex

Sexta-Feira , 08 de Junho de 2012 - 16:30

Reação
 
Um grupo de advogados anda se movimentando para pedir o afastamento de Hélio Vieira da presidência da OAB de Rondônia. A medida é uma reação a seu envolvimento no inquérito que investiga o pagamento bilionário de precatórios ao Sintero, esquema que envolve além de Hélio Vieira, o advogado Luis Felipe Belmonte, e os juizes trabalhistas Domingos Sávio e Wulmar Coelho, que veio à tona no início desta semana após uma entrevista bombástica da ministra Carmen Lúcia, corregedora do Conselho Nacional de Justiça.
 
Silêncio
 
Desde que ocorreu o episódio Hélio Vieira não se manifestou, tampouco a OAB, entidade que sempre se posicionou contra a corrupção em todo o País. Membros da diretoria da Ordem também querem o afastamento de Hélio, coisa que ele deveria fazer por espontânea vontade, já que é um dos principais envolvidos. O pedido oficial de afastamento deverá ser feito na próxima semana.
 
Insatisfação
 
Não é de hoje que a gestão de Hélio Vieira à frente da OAB vem sendo questionada. Ele foi eleito e reeleito presidente com o apoio do advogado Orestes Muniz, acusado pelos colegas de ter politizado demais a Ordem em Rondônia. Hélio, oriundo dos movimentos sindicalistas de esquerda teria dado continuidade a essa politização, transformando a OAB em uma espécie de clube, que só se manifesta quando os interesses pessoais são contrariados. Essa crítica vem sendo uma constante entre os advogados.
 
Continuidade
 
E as denúncias contra Hélio surgem em um momento delicado, quando ele se preparava para, junto com Orestes, anunciar o nome do indicado à sua sucessão por seu grupo. Estava tudo caminhando para que Zênia Cernov, esposa de Hélio viesse a ser a candidata do grupo. Fontes próximas a Vieira garantem que ele aposta na “memória curta” para poder continuar no comando da entidade. As eleições para a OAB acontecem no fim do ano.
 
Bilhões
 
O Sintero é patrono de uma ação de isonomia na justiça do trabalho que começou tão logo Rondônia virou Estado. Os valores pagos até hoje, segundo o CNJ, são inconsistentes, já que a Justiça fala uma coisa, o Sintero fala outra e cálculos iniciais do CNJ revelam que os valores podem chegar a R$ 5 bilhões. Um inquérito já tramitava na Polícia Federal e com a entrada do CNJ na história, pode ser que tanto a população quanto os trabalhadores em educação saibam de fato quanto já foi pago até hoje.
 
Esquentando
 
O secretário de educação Júlio Olívar demitiu a representante de ensino de Ouro Preto do Oeste, professora Débora Messias da Silva por que a mesma teria ido a uma solenidade pré-agendada e não pode comparecer a uma marcada por ele em cima da hora. Em seu lugar Olívar nomeou o professor Moacir que é sobrinho da vice-prefeita Joselita Araujo (PMDB). O problema é que professor Moacir ocupou um importante cargo na SEDUC de Porto Velho durante a gestão de Ivo Cassol e participou ativamente das campanhas de Cahúlla e Cassol em 2010.
 

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