sábado, 21 de julho de 2012

ACABOU O DINHEIRO DO ESTADO, CORTE NOS SALÁRIOS

Com os cofres vazios, Confúcio manda cortar na carne...dos servidores

Falsa é a declaração de Juscelino de que isto não acontecerá. A não ser que ele esteja convicto de que um decreto de Confúcio não vale nada. Ou de que o documento é falso
 
RUBENS COUTINHO/Editor do Tudorondonia
O chefe da Casa Civil do Governo de Rondônia, Juscelino Amaral, é um daqueles chefes que não chefiam nem mandam em  nada, limitam-se diariamente a despachos protocolares sem nenhuma importância e,quando são acionados pela autoridade maior, é para falar besteira ou tentar sustentar uma mentira.
Recebido  como o secretário que iria mudar a face do Governo peemedebista , Juscelino foi empossado com grande expectativa,  mas hoje é uma tremenda decepção até para o Governo, que não sabe como livrar-se do fardo.
Ao substituir Ricardo Sá ( outra nulidade em termos político-administrativos)  pelo irmão de maçonaria,   o governador trocou seis por meia dúzia ou o roto pelo esfarrapado.

Juscelino não resolve nada, não manda nada, não faz a articulação política do Governo, está desautorizado a se intrometer no trabalho dos demais secretários e morre de medo das irmãs do governador Confúcio Moura, Cláudia e Cira , as "cruelas", como elas costumam ser chamadas pelas costas. Resultado: é uma nulidade política e administrativa dentro do Governo e continua no cargo pelo salário.
Mas nesta sexta-feira alguém  encontrou alguma coisa para Juscelino fazer, e o chefe da Casa Civil meteu os pés pelas mãos. 


O secretário chamou de falsa a notícia de que o governador Confúcio Moura editou decreto mexendo nos benefícios salariais dos servidores públicos estaduais.
Falsa é a declaração de Juscelino de que isto não acontecerá. A não ser que ele esteja convicto de que um decreto de Confúcio não vale nada. Ou de que o documento é falso. Não seria o primeiro caso de falsidade neste Governo.
Sem nenhuma cerimônia, Juscelino tentou desmentir o teor do decreto de Confúcio Moura, decreto este publicado no Diário Oficial do Estado e transcrito por este Tudorondonia.
O documento é claro - ou deveria ser - até para os ignorantes da Casa Civil. Nele Confúcio admite que as finanças do Estado encontram-se desequilibradas e determina uma solução para o problema: cortar da folha de pagamento todos os benefícios (de qualquer espécie!) dos servidores públicos de todos os órgãos da administração direta e indireta do Poder Executivo.
Note-se que o governador e sua camarilha vêm insistindo publicamente que a situação financeira do Estado está equilibrada, mas logo em seguida publicam  um decreto escrevendo o seguinte: "...CONSIDERANDO a necessidade de promover o equilíbrio financeiro do tesouro estadual,..."
Ora, é óbvio e ululante que se há "necessidade de promover o equilíbrio financeiro do tesouro estadual" é porque o tesouro estadual encontra-se desequlibrado. Não se equilibra o que já está equilibrado, diria oconselheiro Acácio.
O cofre está vazio, a arrecadação aumentou e o Governo diz que o desequilibrio -  que para o sábio  chinês não é desequilibrio-  se deve a ilusórios  benefícios e aumento salarial concedidos aos  servidores!

Em outro trecho tão claro quanto uma tarde de sol escaldante em Porto Velho, o documento assinado pelo governador e publicado no Diário Oficial enfatiza: "Para os efeitos deste Decreto, consideram-se benefícios salariais todas as inclusões em folha de pagamento que gerem impacto financeiro, de qualquer natureza, sejam de caráter indenizatório, remuneratório ou decorrentes de conversão em pecúnia, pagamentos de diferenças salariais retroativas, bem como as restituições, progressões e promoções funcionais que não caracterizarem a remuneração normal do cargo".
Com o caixa do Governo vazio, Confúcio Moura e os gênios que o cercam não pensaram em outra coisa para equilibrar o depauperado tesouro estadual, e usaram a tesoura para  cortar na carne alheia, ou seja, na carne dos já sacrificados    servidores públicos. É nas costas dos barnabés que recaem as consequências do fracasso de um Governo marcado pela corrupção e  pela incompetência. A sensação é de que o Governo Confúcio nem começou e já acabou, ou  que simplesmente não há Governo.
Não passou pela cabeça deles, por exemplo,  revisar contrato com fornecedores, diminuir gastos com publicidade enganosa, exonerar cargos comissionados ou diminuir o número de secretarias e órgãos  inúteis , ineficientes e perdulários.
Pelo contrário: Confúcio, que diz uma coisa e faz outra, criou um cabidão de emprego chamado  Secretaria da Paz e vai distribuir CDS naquele órgão a torto e a direito, como quem joga milho aos pombos, fazendo lembrar o antigo adágio: quem atira com a pólvora alheia não economiza munição.

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