Ontem, fazendo visitas pelas linhas, já no
final da tarde fui visitar uma eleitora e grande amiga. A mãe do “Dodô",
que mora numa propriedade maravilhosa e produtiva nas ótimas terras da LJ 05. A
mãe do "Dodô" vive com sua filha e netas na confortável casinha, com
energia elétrica, umas vaquinhas para tirar o leite de cada dia, uma horta nos
fundos par ter verduras frescas todos os dias, um pedaço de café para ter um
dinheirinho extra todo ano. Enfim, uma típica família camponesa que encontramos
todos os dias em qualquer lugar de Machadinho do Oeste. A minha chegada e de
minha família foi um festa de risos e abraços, pois eu estava devendo uma
visita àquela mulher batalhadora. A alegria
foi estendida à minha família que me acompanha em todos os lugares em que vou
visitar, pois nos transformamos as visitas eleitorais em programas de família,
onde a mulher tira fotos e conversa sobre as "coisas de mulheres", o
filho se diverte com as crianças e com os animais, e eu conheço a dura
realidade de nosso povo, ouvindo seus pedidos simples, seus encantos e
desencantos, e de sobra ainda podemos apreciar a bela paisagem que esta terra
nos proporciona, pois cada linha, cada sítio, cada cidadão tem sua beleza
específica e única.
Mas divaguei e
acabe esquecendo-se do motivo do título desta matéria: Vamos lá, ao visitar a
mãe do "Dodô", acabei como diz o ditado: "Matando dois coelhos
com uma cajadada só". Aos chegar a casa pretendida, lá estava estirado no
sofá o meu amigo e eleitor fanático de outro candidato a vice-prefeito.
Mas conversa vai, conversa vem, sobre as questões da terra, da produção
do sítio, etc., o meu amigo entrou na conversa de política o que é muito
natural nestes dias. Ele juntamente com minha amiga demonstrou a sua
insatisfação com algumas coligações que não aceitam em hipótese alguma, e
falaram, falaram, mas como o nosso estilo de campanha e pregada aos meus
candidatos a vereadores, é de procurar não polemizar, mas sim de mostrar as
nossas propostas, eu não emiti opinião, me limitei a ser bom ouvinte e deixar
que a "raiva" fosse colocada para fora. Neste momento todos nós somos
ativos participantes, pois os eleitores manifestam abertamente a sua alegria ou
total insatisfação com um nome ou outro, não tem o que fazer simplesmente
ouvir.
Mas o que mais me
interessou é que meu amigo lá pelas tantas, começou a fazer uma apurada análise
de todos os nomes colocados à disposição do eleitor e o que ele a mãe do "Dodô",
entendiam desta eleição e começaram a descartar nomes que por uma razão ou outra
não votariam em hipótese alguma, e lá pelo final me tascarem esta perola de
aforismo: " É da moita que menos se espera que sai o coelho gordo".
Não resisti em perguntar quem era o coelho gordo, e porque desta máxima. A
explicação foi tão interessante que pedi a minha esposa anotar na agenda o
pensamento para que pudesse escrever algumas palavras. No momento não podem
se escritas em sua integra por motivos de campanha.
Muita coisa eu apreendi
com o povo nestes anos como empresário e como vereador: Não julgue em subestime
a capacidade cognitiva do homem "simples" do campo, que tem talvez
pouco conhecimento acadêmico, mas tem muita sabedoria popular, principalmente a
sabedoria conseguida pelas mãos calejadas no trabalho estafante do dia a dia,
nas dificuldades da vida sofrida do
campo que ensina na prática e na observação aguçada, fruto da própria
introspecção natural do homem que vive só e com os pensamentos livres para
divagar sobre o mundo que o cerca.
Quem será o coelho
gordo do meu amigo, e talvez para a
maioria do povo? Logo saberemos.
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