Vereadores questionam devolução de recursos e “negócios” da prefeitura de Machadinho com a Sulmedi
Vereadores Ezequiel Junior (PSDC) e Amauri Valle (PR) |
Os vereadores Amauri Valle (PR) e Ezequiel Júnior (PSDC), protocolaram no gabinete do prefeito de Machadinho aproximadamente 10 ofícios nos últimos dias solicitando informações para o esclarecimento de várias denúncias feitas pela população. Dentre esses ofícios destaca-se um, solicitando cópia do Processo 1951/2010, em que a secretaria de saúde adquiriu da empresa Sulmedi Comércio de Produtos Hospitalares, produtos hospitalares no valor de R$ 67.954,50. A empresa Sulmedi foi alvo de denúncia pela Polícia Federal, através de uma reportagem do Fantástico da Rede Globo, apontando superfaturamento na venda de medicamentos para várias prefeituras do Brasil. Em Rondônia 26 prefeituras negociaram com essa empresa, entre elas a de Machadinho D`Oeste. Amauri e Ezequiel afirmam que jamais poderiam deixar passar em branco uma denúncia grave como essa. Por isso querem analisar todo o processo licitatório, bem como, informações sobre os preços dos medicamentos negociados, entre outros esclarecimentos. “Pelo que vimos no Fantástico, chegamos à conclusão que a população de Machadinho precisa saber dos “negócios” da prefeitura com a Sulmedi. Diante das denúncias temos todo o direito de analisar a documentação do certame licitatório. Queremos a verdade. Não podemos ser omissos diante da gravidade dessa denúncia”, afirmam os vereadores.
Ezequiel Júnior e Amauri repudiam a devolução de recursos da saúde de Machadinho. Segundo os Edis, em 21 junho de 2010 através do Decreto 2080 o prefeito Mário Alves devolveu para o governo federal R$ 225.949,84. Esses recursos chegaram ao município fruto de emenda parlamentar da deputada federal Marinha Raupp e deveria ser utilizado na compra de materiais hospitalares. Amauri e Ezequiel classificam esse ato do executivo como “vergonhoso”, tendo em vista que o setor de saúde do município deixa muito a desejar. “Com que cara bateremos à porta do gabinete de qualquer membro da nossa bancada em Brasília para solicitar recursos? Se quando os recursos chegam a administração não consegue aplicá-los, e vergonhosamente, tem que devolver. Isso é inaceitável”, questiona Amauri Valle. “Sabemos que não é fácil um parlamentar liberar emendas em Brasília. E quando isso acontece à prefeitura não dá conta de gastar o recurso e manda de volta. Não podemos nos calar diante de um ato de incompetência como esse. É decepcionante ver a população ter que pagar um exame de ultra-som, enquanto a prefeitura devolve dinheiro para o governo”, diz Ezequiel.
Os Edis ainda protocolaram ofícios solicitando informações sobre o possível uso irregular de diárias por alguns servidores, relatórios de controle mensal de combustível da secretaria de Ação Social e resultados de duas sindicâncias, uma apurando desvio de verbas através do departamento de recursos humanos, fato esse comprovado e resultado da sindicância que apurou uma verdadeira farra de diárias na secretaria de Ação Social.
Os vereadores dizem que vão continuar cumprindo com o dever de fiscalizar a correta aplicação dos recursos públicos. “Não estamos fazendo nada mais que nosso dever, que nossa obrigação como vereadores” afirmam Ezequiel e Amauri.
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