Que fato interessante se dá na política brasileira, - ou será com os políticos brasileiros?-. Vivem em eterna confusão e vivenciam durante toda à vida um grande dilema filosófico impossível de ser solucionado, pois o poder enebria.
Com as raras exceções, dos que se eternizam nos partidos de origem, como Bianco no (DEM), Raupp e Marinha no (PMDB), Álvaro Dias no (PSDB), Lula no (PT), a maioria, é volúvel como uma "baldracca", e declaram todo o amor do mundo a quem prometer mais, esquecendo-se rapidamente da noiva que foi tão amada até casar, quer dizer o eleitor até depositar o voto.
Com isso o Brasil conseguiu a proeza de criar o sistema político mais governável do mundo. "Governável" porque aqui existe a única democracia onde oposição se confunde com situação, todo mundo é a favor de quem está no poder, independente das medidas que vão ser tomadas.
Em razão disso, vemos algumas aberrações eleitorais que atrasam a sociedade pela perpetuação no poder de oligarcas cuja ideologia é o fisiologismo e oportunismo, esquecendo-se do povo que os elegeu em especial neste parvo processo de eleições bianuais. Um cidadão bom de lábia se elege prefeito, e com o poder nas mãos geralmente consegue se reeleger fica no mandato um ano e três meses, e quer ser deputado.
Eleito deputado, com a promessa de ajudar muitíssimo o povo e o município declarando seu amor eterno até o dia da apuração dos votos.
Eleito deputado, toma gosto pela coisa, investe milhões para garantir a reeleição, porque é sempre mais difícil que a eleição, e novamente o mesmo discurso, de ajudar o povo e o município, que os cidadãos não podem jamais votar em candidatos de outros lugares, porque é importante o povo ter um representante no estado, para "brigar" pelas emendas parlamentares, tão importantes para o bem estar da população. Após muito trabalho, muito discurso, aperto de mãos abraços, alguns “acepipes” e muita grana, consegue a tão almejada reeleição para o Legislativo Estadual. O povo fica feliz, o eleito mais feliz ainda, mas o tempo passa rápido, as coisas já não são as mesmas e o eleito já tem outros planos, pois o como deputado que poderia "ajudar o povo", o município como o seu legítimo representante começa a se entediar com o parlamento. Quem sabe outro deputado de algum lugar distante não possa fazer o mesmo trabalho, ou o suplente que também é filho de Deus e precisa esquentar um pouquinho a cadeira.
Agora vislumbrando um horizonte de muitas “oportunidades”, quer dizer, resolve sem consultar os eleitores, abandonar o mandato recém assumido, - não tinha um compromisso com o povo?-, e, para salvar este mesmo povo, solicita aquele apoio de sempre porque gostaria de ser prefeito. Afinal, é muito importante para a cidade e para o nosso bem estar que nos unamos em torno do homem que tem poder para derrotar "aquele" que o povo que não sabe votar elegeu, e teve a coragem de afrontar o "statuos quo" político local.
Ainda bem que Machadinho do Oeste tem um deputado eleito pelo povo, que luta incessantemente para conseguir recursos para melhorar nossa cidade. É importante que nunca nos esqueçamos de que temos um deputado que elegemos para represantar nossa cidade, trabalhar pelo povo e para o povo.
"Sonhei?"
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