quinta-feira, 20 de outubro de 2011

SOU OU NÃO SOU.

          Que fato interessante se dá na política brasileira, - ou será com os políticos brasileiros?-. Vivem em eterna confusão e vivenciam durante toda à vida um grande dilema filosófico impossível de ser solucionado, pois o poder enebria.
Com as raras exceções, dos que se  eternizam nos partidos de origem, como Bianco no (DEM), Raupp e Marinha no (PMDB), Álvaro Dias  no (PSDB), Lula no (PT),  a maioria, é volúvel como uma  "baldracca", e  declaram todo o amor do mundo a quem prometer mais, esquecendo-se rapidamente da noiva que foi tão amada até casar, quer dizer o  eleitor até depositar o voto.
 Com isso o Brasil conseguiu a proeza de criar o sistema político mais governável do mundo. "Governável" porque aqui existe a única democracia  onde  oposição se confunde com  situação, todo mundo é a favor de quem está no poder, independente das medidas que vão ser tomadas.
Em razão disso, vemos algumas aberrações eleitorais que atrasam a sociedade pela perpetuação no poder de oligarcas cuja ideologia é o fisiologismo e oportunismo, esquecendo-se do povo que os elegeu  em especial neste parvo processo de eleições bianuais. Um cidadão bom de lábia se elege prefeito, e com o poder nas mãos geralmente consegue se reeleger fica no mandato um ano e três meses, e quer ser deputado.
 Eleito deputado, com a promessa de ajudar  muitíssimo o povo e o município declarando seu amor eterno até o dia da apuração dos votos.
Eleito deputado, toma gosto pela coisa, investe milhões para garantir a reeleição, porque é sempre mais difícil que a eleição, e novamente o  mesmo discurso, de ajudar o povo e o município, que os cidadãos não podem jamais votar em candidatos de outros lugares, porque é importante o povo ter um representante no estado, para "brigar" pelas emendas parlamentares, tão importantes para o bem estar da população.  Após muito trabalho, muito discurso, aperto de mãos abraços, alguns  “acepipes” e  muita grana,  consegue a tão almejada reeleição para  o Legislativo Estadual.  O povo fica feliz, o eleito mais feliz ainda, mas o tempo passa rápido, as coisas já não são as mesmas  e o eleito já tem outros planos, pois  o como deputado que poderia "ajudar o povo", o município  como o seu legítimo representante começa a se entediar com o parlamento. Quem sabe outro deputado de algum lugar distante não possa fazer o mesmo trabalho, ou o suplente  que  também é filho de Deus e precisa esquentar um pouquinho a cadeira. 
Agora vislumbrando um horizonte de muitas “oportunidades”, quer dizer, resolve sem consultar os eleitores, abandonar o  mandato recém assumido, - não tinha um compromisso com o povo?-, e, para salvar  este mesmo povo, solicita aquele apoio de sempre porque gostaria de ser prefeito. Afinal, é muito importante para a cidade e para o nosso bem estar   que nos unamos em torno do homem que tem poder para derrotar  "aquele"  que o povo que  não sabe votar elegeu, e teve a coragem de afrontar o "statuos quo" político local. 
Ainda bem que Machadinho do Oeste  tem um deputado eleito pelo povo, que luta incessantemente para conseguir recursos para melhorar nossa cidade.  É importante que nunca nos esqueçamos de que temos um deputado que elegemos para represantar nossa cidade,  trabalhar pelo povo e para o povo.
"Sonhei?"

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