Muitas décadas e decepções se passaram, até que, finalmente, os homens públicos se dessem conta da real importância do “vice”: vice-presidente, vice-governador e, claro, do vice-prefeito. Houve um tempo em que o vice era eleito, e por vezes de partido diferente do presidente, como ocorreu, por exemplo, com Jânio Quadros (UDN) e João Goulart (PTB), em 1962.
Mas o Golpe de 64 mudou a regra, instituindo a chapa fechada e, a partir disto, por algum tempo a escolha do segundo nome significava, tão somente enfeite - um adorno, no máximo um verniz de marketing para tornar mais palatável uma composição partidária.
Avançando um pouco mais no tempo, chegamos à chamada “Nova República”, no final dos “anos de chumbo” e início da abertura política, coroada pelo grande movimento das Diretas Já, quando o Colégio Eleitoral em Brasília se deparou com o nome do senador Tancredo Neves, do PMDB, candidato da oposição contra Paulo Maluf.
Na falta da abertura política completa, com eleições diretas, a Nação foi obrigada a se contentar com uma escolha de gabinete, sem a ação do cidadão junto às urnas, com Tancredo tendo, como vice, José Sarney, dissidente do PDS e que, com o falecimento de Tancredo acabou, se tornando presidente.
Foi então que a figura do vice passou a ser tratada com mais cuidado, embora ainda com um quê de conveniência. Fernando Collor de Melo, por exemplo, teve que aceitar Itamar Franco como vice, pois não era conhecido no Sul e Sudeste, onde Itamar gozava de grande credibilidade, o que foi fundamental para a vitória.
A queda de Collor colocou Itamar na presidência e, para a sorte dos brasileiros, ele retomou o espírito inicial do Plano Cruzado, da época de Sarney e, com a contribuição do sociólogo Fernando Henrique Cardoso, então ministro da Economia, e um grupo de grandes economistas, lançou o Plano Real, que viria a ser fator para o equilíbrio econômico financeiro do País.
Escolher bons vices foi o que fizeram Fernando Henrique e Lula, ambos por duas vezes, demonstrando que, atualmente, o eleitor vê não apenas o candidato majoritário, mas também quem ele tem ao lado. Aliás, "diga-me com quem andas e te direi quem és", já diz a sabedoria popular.
Assim, a figura do vice vem crescendo em importância, e a cada eleição esta tem sido uma preocupação, pelo menos de alguns partidos, no momento de montar suas chapas.
Mas o Golpe de 64 mudou a regra, instituindo a chapa fechada e, a partir disto, por algum tempo a escolha do segundo nome significava, tão somente enfeite - um adorno, no máximo um verniz de marketing para tornar mais palatável uma composição partidária.
Avançando um pouco mais no tempo, chegamos à chamada “Nova República”, no final dos “anos de chumbo” e início da abertura política, coroada pelo grande movimento das Diretas Já, quando o Colégio Eleitoral em Brasília se deparou com o nome do senador Tancredo Neves, do PMDB, candidato da oposição contra Paulo Maluf.
Na falta da abertura política completa, com eleições diretas, a Nação foi obrigada a se contentar com uma escolha de gabinete, sem a ação do cidadão junto às urnas, com Tancredo tendo, como vice, José Sarney, dissidente do PDS e que, com o falecimento de Tancredo acabou, se tornando presidente.
Foi então que a figura do vice passou a ser tratada com mais cuidado, embora ainda com um quê de conveniência. Fernando Collor de Melo, por exemplo, teve que aceitar Itamar Franco como vice, pois não era conhecido no Sul e Sudeste, onde Itamar gozava de grande credibilidade, o que foi fundamental para a vitória.
A queda de Collor colocou Itamar na presidência e, para a sorte dos brasileiros, ele retomou o espírito inicial do Plano Cruzado, da época de Sarney e, com a contribuição do sociólogo Fernando Henrique Cardoso, então ministro da Economia, e um grupo de grandes economistas, lançou o Plano Real, que viria a ser fator para o equilíbrio econômico financeiro do País.
Escolher bons vices foi o que fizeram Fernando Henrique e Lula, ambos por duas vezes, demonstrando que, atualmente, o eleitor vê não apenas o candidato majoritário, mas também quem ele tem ao lado. Aliás, "diga-me com quem andas e te direi quem és", já diz a sabedoria popular.
Assim, a figura do vice vem crescendo em importância, e a cada eleição esta tem sido uma preocupação, pelo menos de alguns partidos, no momento de montar suas chapas.
Machadinho do Oeste não tem fugido a regra. Desde a 1ª até a 6ª legislatura, (atual) a população não teve o prazer de ver o vice-prefeito exercendo algum papel de relevancia na adminstração pública municipal. Quase sempre a escolha, quando não se deu por falta de opção, serviu somente para conseguir mais "alguns" partidos na coligação majoritária, com o intuito de facilitar a vitória daquele que encabeçava a chapa. Passado o pleito, tendo o resultado sindo favorável, de imediato o vice foi relegado ao ostracismo e não teve qualquer tipo de atuação ou influência na gestão pública. A regra tem se confirmado eleição após eleição deste a primeira com Onofre vice do Flávio, que logo nos primeiros meses virou adversário do prefeito eleito, fazendo escola futura com o Vice Edson da "taba", (Prefeito Sales), Xavier, (Prefeito Neodi), Mazinha, (Prefeito Flávio), Eder Biussi, (Prefeito Marinho). Talvez este seja um dos motivos que tem levado o eleitorado machadinhense a se preocupar com os nomes que se apresentarão para vice na composições para a eleição de 2012. A pergunta mais ouvida dos eleitores, sejam eles da área rural ou urbana, escolarizado ou não, empresário ou funcionário, é sempre a mesma e provavelmente para todos os pré-candidatos : "Quem vai ser o seu vice?" Esta concientização do eletor é importante, porque vai exigir dos pré-candidatos, que façam escolhas acertadas e com certa afinidade política ideológica, e com isto impulsionar o papel do vice-prefeito na gestão executiva, exigindo do eleito que assuma o compromisso para que o vice não seja um mero coadjuvante sem qualquer papel relevante na administração. O vice-prefeito deve estar sempre próximo ao gestor, colocando a sua experiência e cabedal político a serviço da comunidade, ajudando a gerir o município e a cada ausência do prefeito ser o seus olhos e ouvidos. Certamente se o povo assim o exigir, o próximo prefeito ou vai valorizar o vice como deve e tem direito ou vai fazer menos turismo com o dinheiro público, passando mais tempo administrando o município e menos tempo em viagens a Porto Velho e Brasilia, a não ser que a necessidade assim o exija.
Vamos esperar para ver.
Tenho dito.
Tenho dito.
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