TERMÓPILAS - Romulo Lopes, afilhado do governador faz delação e é solto
Uma reviravolta nas investigações da operação Termopilas da Polícia Federal que apura o esquema de pagamentos de propina envolvendo empresários, políticos e assessores diretos do Governador Confúcio Moura.Na tarde desta quarta-feira (8), Romulo Lopes, preso desde novembro acusado de ser propineiro, depôs na sede da Polícia Federal e fez um acordo com a Promotoria que investiga o caso, delatando envolvidos e confirmando indícios do inquérito. Após sua confissão, Romulo foi colocado em liberdade, seguindo viagem para Ariquemes.Outro preso na operação Termopilas, vai depor nesta quinta-feira (10), onde também está prevista sua concordância com os dados coletados durante as investigações. Outro encarcerado, o ex-secretario ajunto da Saúde José Batista continua "fazendo jogo duro" e se nega a confirmar alguns pontos do inquérito, que contém provas materiais que embasam as acusações.Rômulo Lopes é afilhado de Confúcio Moura e morava na mesma casa em que o governador. O Rapaz foi preso enquanto dormia na residência oficial, na Rua Paulo Leal, centro de Porto Velho. O rapaz era lotado no Palacio Getulio Vargas como assessor especial do Governador, recebendo um CDS 20. Foi exonerado no mesmo dia da operação policial. Romulo é conhecido por ser o “correria” de Confúcio, realizando há anos, todo tipo de serviço ao governador. Numa das gravações da PF, realizadas com autorização da justiça, descobriu-se que Rômulo recebia propina de Miguel Morheb, empresário do ramo de limpeza.Na conversa grampeada, após Miguel passar uma quantia em dinheiro, aconselha o afilhado do governador a colocar dinheiro na cueca para entrar na residência oficial. Ou seja, Rômulo guardava o dinheiro roubado do sistema de saúde pública na casa de Confúcio Moura.Entrevistado por um programa de televisão na época, o governador Confúcio disse que “Rômulo era gente nossa, gente da cidade. Que foi cooptado pelo sistema. Não vou dizer que abusou da confiança, mas de certa forma falando, porque foi abuso”.
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