sábado, 26 de novembro de 2011

MENSALÃO NA ALE, DE ONDE VINHA O DINHEIRO?

Mensalão dos sete: de onde saía o dinheiro?

Uma breve correção: o procurador-geral de Justiça, Heverton Aguiar, afirma que o mensalão era para blindar Valter e não para desestabilizar o Governo.
Coloquemos os pingos nos “is” para que não logrem êxito as teses alardeadas por defensores do dito chefe de quadrilha Valter Araújo.
Dizem os asseclas que o escândalo e a roubalheira encerrada pela Operação Termópilas concentra-se apenas no poder Executivo, sendo o Legislativo figura passiva incluída no processo vexatório graças a ligação direta do principal acusado em esquema de desvio de dinheiro da Saúde.
Afirmam os bajuladores que as buscas e apreensões nas residências e gabinetes de alguns deputados ocorreram pelo simples fato de comporem a Mesa Diretora.
Uma mentira deslavada. Tentam as excelências, através de assessores, livrar-se do escárnio popular.
Ocorre que ao descobrir que pelo menos duas das quatro empresas envolvidas em esquemas de favorecimento em licitações dentro da Saúde, Departamento de Trânsito e Secretaria de Justiça, pertencem a Valter Araújo, a Polícia Federal e o Ministério Público concentraram as investigações em torno dele.
Através de escutas telefônicas e, agora se sabe, até câmeras implantadas em veículos, escritórios e gabinetes, descobriu-se o terceiro esquema de corrupção em Rondônia: o pagamento de mensalão a sete deputados estaduais para dar suporte político a Valter Araújo. Cabe breve correção que esta é a única assertiva do procurador-geral de Justiça, Heverton Aguiar, embora, exista certa lógica em afirmar que o bando agia também para desestabilizar o Governo dando suporte para que Valter Araújo corresse atrás de “acertos”. Basta lembrar a crise entre os dois poderes quando Confúcio Moura anunciou a substituição de José Batista e Valter e parte dos deputados foram contrários.
Nesse processo de muitas incertezas e trucagens de informações, resta a dúvida de onde vinha o dinheiro usado para pagar os deputados Ana da 8, Jean Oliveira, Saulo Moreira, Euclides Maciel, Epifânia Barbosa, Flávio Lemos e Zequinha Araújo. Seriam nossos “mensaleiros” agraciados com parte dos R$ 18 milhões desviados da Saúde ou teria o presidente preso feito outra costura dentro do Legislativo? A segunda hipótese viria justificar os mandados de busca e apreensão na Secretaria Geral e Secretaria de Finanças da Assembléia Legislativa.
É fato que os parlamentares recebiam altas quantias em dinheiro das mãos de Valter Araújo. Vamos, portanto, aguardar para saber de quanto – em valores reais – estamos falando e esperar que os outros 16 deputados que saíram limpos do escândalo dêem o respaldo que a Justiça, o Ministério Público e o povo de Rondônia esperam.


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